Nesta seção, compartilharemos os nossos Afetos e os nossos Desafetos! “O afeto é a relação que se estabelece entre pessoas a partir de suas emoções, de maneira muito subjetiva”, conforme a filósofa Paula de Jesus (2015). O afeto passa diretamente pelo valor que damos às experiências emocionais pelas quais passamos. Os nossos afetos resultam das relações dos sujeitos entre si, que, por sua vez, afetam e são afetados. Afetos são experiências, entendidas como algo que nos passa, que nos acontece e que nos toca. Não o que se passa, não o que acontece, ou o que toca, como nos diz Jorge Larrossa Bondía (2002). Desta maneira, a partir dos materiais compartilhados nesta seção de “Afetos” e “Desafetos”, você encontrará materiais que expressam a nossa posição teórica/política acerca de diferentes questões sociais, demonstrando algumas de nossas ações diante daquilo que nos provoca afeição e desapreço. Compartilharemos, aqui, materiais que representam o quanto somos sujeitos singulares, mas, ao mesmo tempo, sujeitos coletivos, como nossos modos particulares de pensar, sentir e agir. Nossas relações, enquanto grupo, fundam-se no cuidado com o outro, no respeito à diversidade de ser e de saber e, sobretudo, no trabalho coletivo. Afeto vem do latim “affetare”, que quer dizer “ir atrás”. Na nossa leitura, isso quer dizer que ser afetivo não significa ser passivo. Afeto é, portanto, ação! Por isso, vocês verão aqui um afeto inquieto, um movimento constante de afetar-se com o outro. Nossa afet(ação) consiste, por um lado, na construção de ações coletivas de alteridade, de solidariedade e de amabilidade e, por outro lado, diz respeito a ações contrárias a opressões, injustiças e desigualdades sociais, especialmente relacionadas às juventudes. Por fim, parafraseando Paulo Freire, entendemos que “não podemos ser Observatório da Juventude se não percebemos cada vez melhor que, por não podermos ser neutros, nossa prática exige de nós uma definição. Uma tomada de posição. Decisão. Ruptura. Exige de nós que escolhamos entre isto e aquilo. Não podemos ser Observatório da Juventude a favor de quem quer que seja e a favor de não importa o quê”, como nos ensina Paulo FREIRE (2015, p. 100).

Afetos

Desafetos

Episódio #01 da Série “Novo Ensino Médio: porque revogar?” 

Nesta produção, a professora Dra. Shirlei Sales (FAE/UFGM) evidencia o contexto em que a Lei 13.415/2017 foi produzida e denuncia como ela afeta a docência e as camadas populares.

Episódio #02 da Série “Novo Ensino Médio: porque revogar?” 

O segundo vídeo da série traz a contribuição do estudante Bryan Miranda, que nos ajuda a compreender como a Lei 13.415/2017 fragiliza a formação nesta etapa com as medidas impostas e compromete a formação crítica das/dos estudantes.

 

Episódio #03 da Série “Novo Ensino Médio: porque revogar?” 

Neste material, a professora e pesquisadora Dra. Juliana Batista (FAE/UFGM) destaca que não estão presentes na reforma as ideias de uma Educação Integral. A professora alerta que a atual reforma invisibiliza e negligencia as experiências e identidades das juventudes como as/as do EJA e trabalhadores/as.

 

Episódio #04 da Série “Novo Ensino Médio: porque revogar?” 

No quarto vídeo da série, Geraldo Leão PH.D. em Educação, professor e também pesquisador (FAE/UFGM), nos alerta que a proposta da reforma do E.M reproduz desigualdades e contextualiza o que pode ser observado já nas primeiras experiências de implantação deste modelo de ensino. 

 

Episódio #05 da Série “Novo Ensino Médio: porque revogar?” 

Nesta produção, a doutoranda em Educação  Carolina Giovannetti, sinaliza que o novo E.M coloca em risco um modelo de ensino democrático que trabalha ciência, cultura dentre outros elementos de grande importância para esta etapa da formação dos/as jovens. 

 

Episódio #06 da Série “Novo Ensino Médio: porque revogar?” 

Neste vídeo, Gleissiton Gualberto, doutorando em Educação pela UFGM, alerta quanto ao aspecto relacionado às cargas horárias de algumas disciplinas, o quanto a redução impacta nas opções de professores em relação ao preenchimento de sua carga horária.

 

Episódio #07 da Série “Novo Ensino Médio: porque revogar?” 

Nesta produção, a Doutoranda em Educação pela UFGM, Bruna Gonçalves, compartilha sobre o que esta previsto nas novas diretrizes curriculares, chamando a atenção para a inserção do EAD nas grades curriculares e pontuando as desvantagens e prejuízos deste modelo. 

 

Episódio #08 da Série “Novo Ensino Médio: porque revogar?” 

O oitavo episódio da série conta com a contribuição da professora, Dra. Álida Leal (FAE/UFMG), que destaca o ponto da legislação que afirma a não obrigatoriedade das Escolas em ofertar todos os itinerários formativos, e o quanto o novo E.M. é problemático visto que ele precariza a possibilidade de escolha da/do estudante e amplia ainda mais as desigualdades. 

 

Episódio #09 da Série “Novo Ensino Médio: porque revogar?” 

No penúltimo episódio da produção, a Doutoranda em Educação pela UFMG Jessica de Aguiar, alerta o quanto o novo Ensino Médio contribui para  crescimento das desigualdades entre estudantes de escolas públicas e privadas, uma vez que o modelo da  Lei 13.415/2017, delega aos sistemas de ensino as formas e opções pelo cumprimento dos objetivos e faz com que nenhuma escola tenha o mesmo currículo.

 

 

Episódio #10 da Série “Novo Ensino Médio: porque revogar?” 

Encerrando nossa série, trazemos neste 10° episódio, a contribuição da pesquisadora e doutoranda em Educação pela UFMG, Jessica de Aguiar, que destaca que este modelo de ensino reduz os investimentos em Educação, alarga o abismo entre o ensino público e privado e favorece um Estado omisso que oprime as juventudes.